Cai, caem os juros

Tem muita gente confundindo o Anjo da Abundância com o cavalo preto no Apocalipse.

Cai, caem os juros

A justiça do íntegro endireita o seu caminho, mas pela sua impiedade cai o perverso.
Provérbios de Salomão, cap. 11:5.

Caem os altos juros
Que deixam em apuros
Muita gente
Que fica dependente
Das financeiras e dos bancos,
Que enchem por todos os cantos
Os seus cofres,
Após darem os botes
No bolso dos ricos e pobres.

Só que a Lei do Retorno
Pode cobrar em ouro
Todo esse abuso.

Mas, que beleza!
Os juros altos diversos
Que estavam manifestos
Em muitos campos caem.

Baixam os juros exorbitantes
Que exprimiam os habitantes
Entre dois pesos: miséria e dívida.

A população  
Pode dormir sossegada
Porque os donos do dinheiro
Descansaram primeiro
A sua ganância.

O que prova?

        Está em cada pessoa o poder de vencer a si mesma.

 

O que prova?

        A ti, ó Deus, confiança e louvor em Sião!

E a ti se pagará o voto.

Livro dos Salmos, cap. 65:1

O MESTRE JESUS foi tentado,

Mas no deserto de Almas

Que não ficavam às claras

Para segui-Lo.

Houve tanto preparo

Para Ele chegar neste reinado,

Mas muita gente mesquinha

Ainda prefere ficar sozinha

Com um interesse escuso

E não coloca em uso

A Sua Sã Doutrina.

Quer tentação maior que esta,

Não ver manifesta

Toda ação do Bem

Que Ele trouxe do Além

Para a todos ensinar

Pelo exemplo;

Pois a todo momento

Ele a exemplificava.

     Com tremendos feitos nos respondes em tua justiça, ó Deus, Salvador nosso, esperança de todos os confins da terra e dos mares longíquos.

Livro dos Salmos, cap. 65:5.

Todo mundo acha

Que é tentado na fome,

No desemprego, na nudez,

Na sede, na viuvez.

Todavia se esquece

Que tudo isso fenece

No caminho da evolução

Onde o Espírito liberto

Não se mais se depara

Com a ilusão.

Sem revanche

     A felicidade somente é construída na consciência tranquila.

Sem revanche

     Tu reduzes o homem ao pó e dizes: Tornai, filhos dos homens.

Livro dos Salmos, cap. 90:3.

A Lei da Reencarnação

Não é uma cobrança.

Mas apenas uma chance

De sem revanche

Saldar dívidas passadas.

É apenas um meio

De por um freio

A todas as desavenças.

É juntar sob o mesmo teto

Cada desafeto

Para que fique bem perto

E possa corrigir

Sem sentir

O efeito do mau carma.

 

É uma Lei imposta

A ricos e pobres,

Pretos e nobres,

E aos mais esnobes,

Para vencerem a arrogância.

Ela é escrita pelo Ser Humano

No Livro de Sua Existência
Para que tenha permanência.

     "Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido".

      Fernando Pessoa - Escritor e Poeta Português (1888 - 1935)