sexta-feira, 23 de abril de 2021

EXPELIR DEMÔNIOS

EXPELIR DEMÔNIOS

17 Então, regressaram os setenta, possuídos  de alegria dizendo: Senhor, até os próprios demônios se nos submetem pelo Seu Nome!

18 Mas Ele lhes disse: Eu via satanás caindo do céu como um relâmpago.

19 Ei aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada, absolutamente, vos causará dano.

Evangelho de JESUS CRISTO, segundo São Lucas, cap. 10:17 a 19.

 


JESUS CRISTO ressuscita a Lázaro


 

Obra de Anita Catarina Malfatti (1889-1964).

Pintora, desenhista, ilustradora, gravadora e professora ítalo-brasileira.


Vejamos,  então,  agora,

Os piores demônios

Que a toda hora

O ser humano ignora

E que pode expelir sem demora.

 

“A aranha da minha sorte
Faz teia de muro a muro...
Sou presa do meu suporte.

Fernando Pessoa (1888-1935).

 

Todo mal pensamento

Lançado no espaço-tempo,

É um demônio cruel

Fazendo o papel

De cobrador cármico,

E a pessoa nem percebe

Que ele sempre mede

A sua existência.

 

 

“Precisar de dominar os outros é precisar dos outros. O chefe é um dependente.”

Fernando Pessoa (1888-1935).

 

Toda má palavra dita

Ou mesmo escrita,

É uma flecha envenenada

Que sai em disparada

Prejudicando a Humanidade.

 

“Quem não vê bem uma palavra, não pode ver bem uma alma.”

Fernando Pessoa (1888-1935).

 

É uma ação demoníaca

Que tem como guia

Um mau espírito.

 

Todo mau ato

Que se apresenta no palco

Da vida humana,

É um espírito ruim

Que faz enfim

Estragos por toda parte.

 

“Tudo quanto penso
Tudo quanto sou
É um deserto imenso
Onde nem eu estou.”

Fernando Pessoa (1888-1935).

 

Tudo o que prejudica

A Ação Crística

É espírito demoníaco.

 

Não pense em expelir

O demônio do seu irmão,

Mas em repelir toda a fraqueza

Que impede a sua natureza

De ser melhor.



Crepúsculo.


“Para quê olhar para os crepúsculos se tenho em mim milhares de
crepúsculos diversos - alguns dos quais que o não são - e se, além de
os olhar dentro de mim, eu próprio os sou, por dentro?

Fernando Pessoa (1888-1935).

 

O demônio imoral

É o pior mal

Que acarreta a criatura,

Que tem que ter uma digna postura.

 

“Nada me explica. Nada me pertence
E sobre tudo a lua alheia verte
A luz que tudo dissipa e nada vence.

Fernando Pessoa (1888-1935).

 

Demônio é toda a maldade

Que pratica uma sociedade

Escrava da ignorância.

 

“É fácil trocar as palavras, difícil é interpretar o silêncio.

Fernando Pessoa (1888-1935).

 

Esse sim temos que tirar

De nossa vida diária,

Pois o mal atrapalha

A evolução humana.


Lua.


“A Lua (dizem os ingleses),
É feita de queijo verde.
Por mais que pense mil vezes
Sempre uma ideia se perde.

 


Fernando Pessoa (1888-1935).

Escritor e poeta português.