quarta-feira, 26 de maio de 2021

PERMISSÃO AO FUTURO

PERMISSÃO AO FUTURO

8 Há, todavia, uma coisa, amados,que não deveis esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia.

Segunda Epístola de São Pedro, cap. 3:8.



São Pedro.

Escritor, pregador, profeta e apóstolo de JESUS CRISTO.


Obra de Pompeo Girolamo Batoni (1708-1787).

Pintor italiano.

 

O Futuro

Surge a todo Segundo

Sem precisar de permissão

Para entrar neste Mundo.

 

“Vislumbrei um clarão no mistério da sua presença...

Saint-Exupéry (1900-1944).

 

O Futuro

Aparece a todo Minuto

Querendo a pessoa ou não.

 

“Quando a gente anda sempre para frente, não pode mesmo ir longe…

Saint-Exupéry (1900-1944).

 

O Futuro surge a toda Hora

E mandá-lo embora

Ninguém pode.

 

O Futuro

Não é obscuro,

Pois todo Dia ele surge

Para ser o guia das Criaturas.

 

“Se ao escalar uma montanha na direção de uma estrela, o viajante se deixa absorver demasiado pelos problemas da escalada, arrisca-se a esquecer qual é a estrela que o guia.

Saint-Exupéry (1900-1944).

 

O Futuro aparece toda Semana,

Pois é ele quem comanda

A Lei do Sétimo Dia.

 

O Futuro

Sempre se transfigura,

Pois muda a sua postura

Nos Doze Meses.

 

O Futuro

Atravessa o mais alto muro,

Pois todo Ano

Ele renova o seu plano

Com todo Ser Humano.

 

O Futuro

Está sempre seguro,

Pois faz parte da Eternidade.

 

 “Sua tarefa não é de prever o futuro, mas sim de o permitir."

Saint-Exupéry (1900-1944).

 

O Futuro sempre vem,

Seja na Terra ou no Além

Todos sabem que ele virá.


“Os homens cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim e não encontram o que procuram. E, no entanto, o que eles buscam poderia ser achado numa só rosa.


Saint-Exupéry (1900-1944).

Escritor, ilustrador e piloto francês.

quarta-feira, 5 de maio de 2021

A LAMENTAÇÃO DA NATUREZA

A LAMENTAÇÃO DA NATUREZA

8 Foram, certa vez, as Árvores ungir para si um rei e disseram à Oliveira: Reina sobre nós.

9 Porém a Oliveira lhes respondeu: Deixaria eu o meu óleo, que Deus e os homens em mim prezam, e iria pairar sobre as Árvores?

Livro dos Juízes, cap. 9:8 e 9.



Gideão.

Juiz do povo hebreu.

 

Eu sou uma Árvore

De grande porte

E que por sorte

Dou flores, frutos e sombra,

Mas alguns Seres Humanos

São muito desumanos;

E muita pessoa me trata

Como se eu fosse um carcaça

Pronta para ser descartada.

 


Pé de Oliveira.
Ela vive mais de 2500 anos.


“Árvores são poemas que a terra escreve para o céu. Nós as derrubamos e as transformamos em papel para registrar todo o nosso vazio.”

Khalil Gibran (1883-1931).

 

Suporto os diversos vendávais

Para ficar de pé

E manter a Fé

Das Árvores pequenas.

 

Sobrevivo aos raios e relâmpagos

Que riscam a atmosfera

Para limpar a terra,

Onde gramíneas e arbustos,

Animais grandes e diminutos

 

Morrem de medo do trovão

Que estronda o chão.

 

Eu sou a Roseira

E dou muitas flores

Para enfeitar o jardim

Que existe enfim

Em muita residência.

 

Mas sofro quando alguém

Arranca-me bruscamente,

Do galho onde contente

Estou a florescer.

 

Surjo de várias cores

Para alegrar os olhares

De muita criatura

Que me trata com doçura.

 

Nasço do espinho

Que me protege o tronco

Para eu surgir no encanto

Da minha formosura.

 

“Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho. Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!”




Machado de Assis (1839-1908).

Escritor, poeta brasileiro, presidente  e um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.

 

Eu sou a Fonte de Água

Que feliz deságua

Em todo Rio,

Que está por um fio

Para se rebelar

Contra o lixo

Que o homem-bicho

Lança nele produzindo mau cheiro.

 



Por isso, de vez em quando

Ele se enche da água da chuva

E descarrega tudo

Nas suas margens

Sacrificando árvores e folhagens,

Para poder sobreviver.

 

“A Beleza é uma harmonia entre dor e contentamento, que começa no templo interno do coração e termina além do alcance da capacidade de imaginar.”

Khalil Gibran (1883-1931).

 

Assim faz uma limpeza

Para poder honrar a beleza

Da Mãe Natureza

Que não cria sujeira.

 

"E disse o divino: 'ame a seu inimigo!'
E eu obedeci e amei a mim mesmo."

Khalil Gibran (1883-1931).

Escritor e poeta libanês.

 

Eu sou o Mar

E estou a carregar

Além do meu povo

Todo o despojo

Dos seres terrestres.

 

"Eu sou o mar infinito, e todos os mundos não passam de grãos de areia sobre a minha margem."

Khalil Gibran (1883-1031).

 

Dou frutos excelentes

Para saciar a fome

De muitas gentes.

 

Sustento sobre mim

Os grandes navios

Que atravessam enfim

Os diversos países

Com pessoas e cargas.

 

Sou imenso,

Mas enfrento

As grandes lutas.

 

Quando me enfureço

Levanto ondas de grandes alturas

Que afastam as criaturas

Por um bom tempo.

 

“Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.”


Fernando Pessoa (1888-1935).

Escritor e poeta português.

 

Eu sou o Céu

E o homem um pequenino ser

Tenta me ver

Face a face...

 

Eu sou o Sol

Que queimo a longa distância

E o ser carnal na sua jactância

Quer olhar nas minhas pupilas.

 

Porém, olvida

Que eu dou Vida

Ao Povo Solar

Que pode aguentar

De perto o meu calor.

 


És livre na luz do Sol e livre ante a estrela da noite.
E és livre quando não há Sol, nem Lua ou estrelas.
Inclusive, és livre quando fechas os olhos a tudo que existe.”

Khalil Gibran (1883-1031).

 


Eu sou a Lua.

O homem já pisou aqui,

Mas o meu Povo não viu

E então concluiu

Que não existe Vida Lunar.

 

Grande engano!

Aqui tem habitação,

Pois nada está vazio

Na universal imensidão.

 

Eu sou a Planície

E em mim subsiste

Muita vida.

 

A criança brinca contente

Sobre o meu corpo

Que protege sempre

Os pequeninos.

 

Eu sou o Planalto

E sou de fato

Bastante habitado.

 

Somos todos Trabalhadores

Elevando os nossos louvores

Ao DEUS CRIADOR

Que no Seu Divino Amor

Anima a nossa Existência.



Aurora Boreal.

 

“Na aurora o amor me acordará e me conduzirá aos prados distantes.”

Khalil Gibran (1883-1031).

 

Eu sou a Montanha

Que sempre risonha

Ampara os povos.

 

Sobre os meus cuidados

Estão as aves e os animais,

Que precisam sempre mais

Dos ares montanhosos.

 

Eu sou o Monte

E sofro o constante

Ataque dos Ventos

Que em todos os momentos

Estão a testar a minha força.

 

Porém, o Homem,

Atravessa-me com audácia

Com uma espécie de máquina

Fazendo em mim túneis enormes

Que diminuem a distância

De um a outro lugar.

 

“Do sofrimento emergiram os espíritos mais fortes, as personalidades mais sólidas estão marcadas com cicatrizes.”

Khalil Gibran (1883-1931).

 

Eu sou o Deserto,

Que apesar de esperto

Sofro o poder do Ser Humano

Que me coloca em seu plano

Para construir praias

E ilhas artificiais

Que agradam demais

Todos os turistas.

 

Em mim constroem prédios;

E alguns de centenas de andares

Em diversos lugares

Que são do agrado

De muitos visitantes.  

 

Eu sou a Mãe Terra

E abro a minha porta e janela

Para que todos entrem.

 

“Podes abrigar seus corpos, mas não suas Almas, pois que suas Almas residem na casa do amanhã.”


Khalil Gibran (1883-1931).

 

Muita gente me respeita,

Mas o ingrato me rejeita

Tendo nojo de em mim pisar

Para não se contaminar.

 

6 Eis que diante de Deus sou como tu és; também eu sou formado de barro.

Livro do Profeta Jó, cap. 33:6.



Jó.

Escritor, pregador e profeta de DEUS.

 

Como pode o filho de minha entranha

Sentir nojo e vergonha,

De quem o gerou?

 

O arado me corta a carne

Sem nenhuma compaixão

Para que a vegetação

Surja em todo o vale

Para a devida alimentação.

 

Tudo sai do meu Pó.

É no meu Reino que se cria

Toda a carnal família.

 

7 Então, formou o SENHOR DEUS ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser Alma Vivente.

Gênesis de Moisés, cap. 2:7.



Moisés.

Escritor, pregador, legislador, profeta e juiz do povo hebreu



Obra de Philippe de Champaigne (1602-1674).

Pintor belga.